Freguesia da Madalena
  Histórico
 




A freguesia da Madalena é uma das mais pequenas freguesias em área, do concelho de Paredes, distrito do Porto. Está situada a noroeste da sede do concelho e dista dela cerca de 2 kms. Está rodeada pelas freguesias de Bitarães a Este, Gondalães a Norte, Besteiros a Noroeste, Mouriz a Sudoeste e Castelões de Cepeda a Sul.
Apesar das suas dimensões reduzidas em área, é uma das freguesias mais densamente povoadas do concelho. A sua proximidade à sede do concelho fez com que nos últimos anos fosse absorvida, em parte, pelo limite urbano da cidade de Paredes. O aumento significativo do número de fogos fez com que a freguesia se tornasse hoje numa mistura de urbano rural.
A freguesia foi um curato de apresentação do Convento de Cete e beneficiou do foral passado por D. Manuel, em Lisboa, a 25 de Novembro de 1513 a Aguiar de Sousa que em 1836 resultou no Concelho de Paredes como consequência da reorganização da divisão administrativa de Portugal levada a cabo por Passos Manuel. Por ocasião desta reorganização, a freguesia da Madalena foi anexada para efeitos civis a castelões de Cepeda, siituação que durou quinze anos, findo os quais, a fregueisa recuperou novamente a sua independência administrativa.a freguesia da Madalena compreende os lugares de Agrela, Abal, Bairro “O Sonho”, Barreiro, Casal, Formiga, Igreja, Longra, Mó, Picoto, Redonda, Ribeiro, Seixezelo, Soutilho, Souto, Sub Outeiro, Valmonte, Vilela e Pena Olival.
Na freguesia os vestígios de ocupação humana em tempos mais remotos não são muitos nem são anteriores à época medieval, como aliás, também no concelho de paredes os vestígios arqueológicos escasseiam. A Anta do padrão em Vandoma datada do III milénio a. C. E classificada como Imóvel de Interesse Público é dos poucos vestígios pré-históricos do concelho. Existem, no entanto, nos concelhos limítrofes importantes legados arqueológicos, em especial do período castrejo, como é o caso do castro do Monte Mozinho no vizinho concelho de Penafiel e da Citânia de Briteiros em Sanfins – Paços de Ferreira.É o orago da freguesia Santa maria Madalena que lhe deu o nome. A padroeira, que no calendário religioso é celebrada a 22 de Julho, é na freguesia festejada no domingo masi próximo a 22 de Julho. Santa Maria Madalena está teologicamente associada a uma confusão com três personagens distintas da Bíblia, mas no culto ocidental, o seu nome está quase sempre associado à pecadora, referida pelo evangelista Lucas, que ungiu Cristo com perfumes e que normalmente é representada com o vaso de ungento.
No que se refere ao património construído é de destacar a Igreja Matriz. Trata-se de uma capela barroca que foi sofrendo alterações diversas ao longo dos tempos. Essas alterações acrescentaram-lhe em época posterior uma torre sineira e um revestimento a azulejos na fachada. A sua exuguidade levou a que fosse necessária a construção de um novo local de culto de maiores proporções a inaugurar em breve. Destaca-se aind aum cruzeiro em granito localizado no centro da fregueisa. O cruzeiro, de traçado muito simples, assenta sobre três degraus e não apresenta qualquer inscrição. Em termos de património, merecem ainda destaque algumas casas senhoriais com importância na história da freguesia. A Quinta do Souto, propriedade de uma família abastada da região, no lado Este da Quinta do Souto, propriedade de uma família abastada da região, no lado Este da freguesia possui, na sua entrada, sobre o portão, o brasão dos Souto. A capela desta quinta, actualmente em avançado estado de degradação, terá servido em tempos de igreja matriz da freguesia. Destaque ainda para a Casa d’Abal, mais central, e a Casa do barreiro, na qual sobressai, à entrada, um imponente arco de volta inteira de acesso ao jardim. De cariz mais etnográfico, sobressaem ainda, no património da freguesia peculiares espigueiros acpompanhados da respectiva eira, normalmente formada por extensas lages de pedra. Estes espigueiros são formados por dois pisos, sendo o primeiro normalmente destinado ao armazenamento das alfaias e o segundo, por vezes em madeira, ao armazenamento do cereal.
Apesar da proximidade à sede do concelho, a freguesia da Madalena continua a ser uma freguesia essencialmente rural. A agricultura mantém-se como a a ctividade económica mais expressiva e as culturas do milho e da vinha, as de maior significado. A produção de leite é igualmente importante na economia das famílias rurais que ainda se socorrem da força animal (em especial bovinos) para amanhar as terras. Mais recentemente começou a surgir alguma indústria de marcenaria, de significado na região, aqui, de cariz mais familiar. A pequena confecção também se começou a instalar, mas a sua expressividade na economia é muito pequena. A proximidade à sede do concelho provocou igualmente um êxodo de alguns dos seus habitantes para o comércio e para os serviços para quem a agricultura já não servia de sustento. Alguns deles continuam a ter a agricultura como actividade paralela, cultivando pequenas porções de terra de sua propriedade ou em regime de aluguer.

 

 
   
 
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